quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Celibato é tema de Simpósio Nacional



Estão abertas as inscrições para o Simpósio Nacional O Dom do Celibato, que será promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Belo Horizonte, de 21 a 23 de novembro. Diversas autoridades da Igreja vão participar do encontro, que contará com a presença do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, cardeal William Joseph Levada.

O objetivo do Simpósio é retomar, à luz da tradição e em diálogo com a sociedade contemporânea, a centralidade do tema celibato, no desejo de alcançar novas perspectivas quanto à compreensão de seu valor, bem como conscientizar sobre a necessidade da descoberta de novos horizontes, que possibilitem a formação progressiva para a vivência madura, plena e frutuosa do dom do celibato na vida e na missão da Igreja.

Podem participar bispos, padres, reitores de seminários, diretores de institutos de Filosofia e Teologia e formadores. O Simpósio Nacional O Dom do Celibato será realizado na PUC Minas, Unidade Coração Eucarístico. O formulário de inscrição e a programação do evento estão no site da Arquidiocese de Belo Horizonte (www.arquidiocesebh.org.br).

O objetivo do Simpósio é retomar à luz da tradição e em diálogo com a sociedade contemporânea a centralidade do tema Celibato, no desejo de descortinar novas perspectivas quanto à compreensão de seu inestimável valor, bem como conscientizar-se da necessidade da descoberta de novos horizontes, que possibilitem a formação progressiva para a vivência madura, plena e frutuosa do dom do celibato na vida e na missão da Igreja.

Podem participar bispos, padres, reitores de seminários, diretores de institutos de Filosofia e Teologia e formadores. As vagas são limitadas.

Fonte: CNBB

Jornal da Igreja: Noviços Capuchinhos emitem primeiros votos

Serão 14 jovens que iniciaram a vida religiosa nesta terça-ferira

A formação de 14 noviços da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul e das Vices-províncias do Brasil Oeste (Mato Grosso e Rondônia) e da República Dominicana e Haiti, que acontece nesta terça-feira em Marau é o destaque do Jornal da Igreja deste fim de semana, que vai ao ar na RedeSul de Rádio, nos sábados às 20h30min com informações das ações e notícias da Igreja Católica, em nível regional, estadual, nacional e no mundo. São informações das dioceses, paróquias, comunidades, eventos comunitários e a atuação missionária dos religiosos e leigos em todo o mundo.

Papa pediu fim das “barreiras arquitetônicas” para pessoas com deficiência

Bento XVI lançou apelo este domingo, 2, ao fim das "barreiras arquitetônicas" para pessoas com deficiência, saudando o compromisso de "instituições e associações de voluntários" empenhados nesta causa. O papa falava no Vaticano, saudando os peregrinos italianos reunidos para a reza da oração do Ângelus. Este encontro foi o primeiro desde que Bento XVI regressou, no sábado, da sua residência pontifícia de verão, em Castelo Gandolfo, nos arredores de Roma.
O papa aludiu ainda à celebração dos "Anjos da guarda", que apresentou como "ministros da solicitude divina por cada homem". "Do início à hora da morte, a vida humana está rodeada pela sua incessante proteção", indicou Bento XVI, que mencionou também "Nossa Senhora do Rosário, que neste primeiro domingo de outubro, no santuário italiano de Pompeia como também no mundo inteiro, acolhe a súplica que lhe é dirigida para que o mal seja derrotado e se revele em plenitude a bondade de Deus".
Na sua habitual catequese, o papa comentou a passagem do Evangelho lida nas igrejas de todo o mundo, nesse dia, uma parábola sobre vinhateiros homicidas que recusam e eliminam o filho do proprietário. "Deus entrega-se a si mesmo nas nossas mãos, aceita tornar-se insondável mistério de debilidade e manifesta a sua onipotência na fidelidade a um projeto de amor, que porém, no final, prevê também a punição para os malvados", declarou.
Bento XVI recordou a beatificação, neste domingo à tarde, em Ivrea, norte da Itália, de Antonia Maria Verna, fundadora das Irmãs da Caridade da Imaculada Conceição, que viveu entre os séculos XVIII e XIX como "modelo de mulher consagrada e de educadora". Na saudação aos fiéis de língua francesa, o papa, recordando que estão a recomeçar as aulas nas Universidades, convidou os professores a "transmitir, através do ensino, o amor do saber e da verdade". "O saber é importante, mais ainda a formação da pessoa para discernir onde se encontra a verdade e fazer assim escolhas livres. Educai também os jovens nos autênticos valores morais e espirituais para os ajudar a encontrar um sentido para a sua vida", assinalou.

Santa Faustina

Secretária da Misericórdia Divina

O século XX foi um dos períodos mais contraditórios da história humana. De um lado, grandes avanços nos mais variados campos do saber (biologia, física, tecnologia etc.); a Igreja Católica, por sua vez, viveria uma nova primavera em diversos âmbitos (bíblico, litúrgico, pastoral etc.). Por outro lado, deparamo-nos com o crescimento do agnosticismo e a proliferação das seitas; com enormes atrocidades, de proporções quase universais; milhões e milhões foram brutalmente dizimados em dezenas de guerras, bem como em carestias, pestes e catástrofes, em parte frutos da ganância e arrogância de alguns poucos.
Ao mesmo tempo, é o século de cristãos de grande envergadura, como os Papas S. Pio X, o Beato João XXIII e o Servo de Deus João Paulo II, S. Gemma Galgani e Madre Teresa de Calcutá, os santos Padres Pio e Maximiliano Kolbe, ou como os pastorinhos de Fátima. É o século outrossim de uma das maiores místicas da história do cristianismo, Santa Faustina Kowalska. Mística pois deixou-se invadir pelo mistério do amor divino, no dia a dia de uma vida escondida e laboriosa. A partir dela nasce uma nova espiritualidade, centrada na Divina Misericórdia. Eis em breves linhas um pouco da sua vida.

Origens

Faustina nasceu na aldeia de Glogowiec, distrito de Turek, prefeitura de Poznan (atualmente Swinice Warckie, principado de Konin), na Polônia, no dia 25/08/1905. Naquela época a Polônia estava sob o domínio russo. Ela é a terceira de dez filhos do casal Estanislau Kowalska e Mariana Babel, que cuidam de 5 hectares de terra (e 3 vacas!). As duas primeiras gravidezes foram muito cansativas; por isso, a terceira foi esperada com preocupação, mas tudo correu bem.
Dois dias depois do nascimento a menina foi batizada, na paróquia de Swinice Warckie (dedicada a S. Casimiro), com o nome de Helena Kowalska. Deus os abençoou com outros sete filhos. “A Helena, minha filha abençoada, santificou o meu ventre”, dirá a mãe após a sua morte. Sabemos bem pouco acerca das origens desta futura santa. As principais fontes são o seu Diário e o relato de algumas testemunhas.
Por exemplo, a sua casa, com paredes de pedra e poucos móveis, é composta por 2 divisões, separadas por um corredor. O pavimento é de terra e as paredes não são rebocadas nem caiadas. A mãe faz queijo com grande perfeição. Todas as noites rezam o terço e dão graças por tudo o que têm.
Seu pai, Estanislau, lavrador e carpinteiro, era muito piedoso. Freqüentava sempre as Missas dominicais e cantava todos os dias o ofício da Imaculada Conceição, bem como o hino matinal. Na Quaresma, cantava as lamentações da Paixão. Era muito exigente com os filhos, e por isso Helena desde os 9 anos ajuda nos serviços da casa – debulhando o trigo, levando as vacas para o pasto e ajudando na cozinha. A mãe era uma boa mulher, muito dedicada e trabalhadora, particularmente sensível com os pobres. Assim se vai moldando o caráter de Helena (Dr. H. W.,Irmã Faustina. Apóstola da Divina Misericórdia, Loyola, S. Paulo, 1983, p. 30).

Vocação

A vida espiritual de Helena começara cedo. Em seu Diário escreve: “Quando eu tinha sete anos ouvi pela primeira vez a voz de Deus na minha alma”. Depois da preparação recebida do Pároco, Pe. Romano Pawlowski, em 1914 faz a Primeira Comunhão, momento que muito lhe marcou: “Eu estou contente porque Jesus veio ter comigo e agora posso caminhar com Ele”. A oração se torna mais assídua e fervorosa. A mãe a encontrou várias vezes ajoelhada no chão, principalmente de noite. Helena lhe explicava: “tenho certeza de que é o meu Anjo que me acorda”.
Os pais não aceitam facilmente a vocação da filha Helena. Em 1920 e 1922 a jovem lhes pede permissão para entrar no convento, mas os pais o recusam. Não possuem recursos para lhe dar o dote necessário, estão mergulhados em dívidas – e, acima de tudo, estão muito ligados à filha. Neste período recebeu o sacramento da Crisma, em Aleksandrów (1921). De modo especial a adolescente escuta com atenção as homilias dominicais, repetindo-as durante a semana, e também a leitura da Bíblia feita pelo seu pai, que mantém em casa uma pequena biblioteca.
Com dificuldades Helena iniciou os seus estudos (1917). É obrigada a interrompê-los a fim de poder trabalhar como empregada doméstica. Aos 14 anos disse à mãe: “Papai trabalha muito e eu não tenho com que me vestir aos domingos; sou a mais mal-apresentada de todas as moças. Irei trabalhar para ganhar alguma coisa”. O desejo de se consagrar totalmente a Deus lhe acompanha, mas, ante as dificuldades, por um tempo Helena desiste da idéia. Entrega-se, então, à “vaidade da vida”, aos “passatempos”, como anos depois escreveria em seu Diário.
Deus, porém, não volta atrás. Estando um dia num baile com sua irmã, uma visão de Cristo Sofredor interpela a jovem Helena: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9). Decide entrar no convento. Bateu em várias portas até ser acolhida no dia 1º/08/1925 na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia. Foi tentada a deixar essa comunidade várias vezes, mas Jesus lhe apareceu e exortou: “Chamei-te para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti” (D. 19).

Revelações

Dentro da Congregação Helena recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926. Dois anos depois faria a primeira profissão dos votos religiosos. Em sua vida exterior nada deixava transparecer da sua profunda vida espiritual, que haveria de incluir as graças extraordinárias da contemplação infusa, o conhecimento da misericórdia divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, o dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos (D. 1056). Com humildade exerceu as funções de cozinheira, jardineira e até de porteira. Cumpria fielmente as regras de sua comunidade, em espírito de recolhimento mas sem nenhum desequilíbrio, deixando ao mesmo tempo transparecer serenidade e benevolência. Um sonho a movia – viver plenamente o mandamento do amor:
Ó meu Jesus, Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com que até então nenhuma alma Vos tinha amado” (D. 1372).

O Senhor a escolhe para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock,o próprio Senhor Jesus Cristo começa a se manifestar à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história– presente em todo o agir divino, particularmente na Cruz Redentora de Cristo – e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia. Descreve esta primeira visão:
Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (...) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47).

Jesus insistirá particularmente no seu desejo de instituir uma Festa em honra da Divina Misericórdia para toda a Igreja, o que haveria de se cumprir somente a partir do ano 2000. Todas estas vivências se encontram relatadas em seu famoso Diário, escrito entre 1934-1938 sob a orientação dos Padres Miguel Sopocko e Andrasz SJ, o primeiro deles beatificado a 28/09/2008.
Segundo um dos mais famosos estudiosos do mesmo, Pe. Ignacy Rózycki, no Diário – e numa das Cartas de Santa Faustina – encontramos, dentre outros, 83 revelações particulares especiais sobre o mistério e o culto da Divina Misericórdia. Ao longo do Diário descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia(nn. 965; 1142; 400; 570). Já pode ser considerado como um dos clássicos da espiritualidade católica, ao lado de História de uma alma, A prática do amor a Jesus Cristo, Filotéia e outros.

Páscoa

Assim como na vida de Santa Teresinha, Jesus pede também à Santa Faustina que se ofereça como vítima pelos pecadores. É a graça de poder viver aquilo que diz o Apóstolo: Completo em minha carne o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja(Cl 1,24; cf. Flp 1,20; 2Cor 12,10). Na Quinta-feira Santa de 1934, Jesus lhe revela o seu desejo que se entregue pela conversão dos pecadores. A este desejo Irmã Faustina respondeu prontamente com um ato de consagração no qual se oferece voluntariamente pelos pecadores. Desde essa ocasião, os sofrimentos que oprimiriam a religiosa polonesa foram a prova de que sua oferta fora aceita pelo Senhor.
Irmã Faustina levava uma vida muito austera, já antes de entrar no convento. Não perdia nenhuma oportunidade em oferecer suas penas pela conversão dos pecadores. Nos últimos anos de sua breve vida aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo. Desenvolve-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Muito fraca, é levada ao convento Jósefów. Segundo um costume da comunidade, pede perdão às coirmãs pelas faltas cometidas – e afirma que morreria treze dias depois. Ao Pe. Sopocko diz (26/09): “Perdoe-me, padre, agora estou ocupada no colóquio com o Pai Celeste. Aquilo que tinha para dizer, já disse”.
No dia da sua morte ela recebe o viático do Pe. Andrasz. Pede mas logo recusa uma injeção, dizendo: “Deus exige sacrifício”. Plenamente unida a Deus, na presença da irmã Ligoria, erguendo os olhos para o céu, Irmã Faustina falece com fama de santidade às 22h45min do dia 5/10/1938, com apenas 33 anos de vida. O seu corpo foi depositado no cemitério do convento em Cracóvia-Lagiewniki.
A situação na Europa se agravava. Hitler havia invadido a Áustria (11/03/1938). A Polônia entra num período tempestuoso quando Berlim e Moscou dividiram o seu território (22/09/1939). Irmã Faustina rezava pela Polônia. Em setembro de 1938, a jardineira irmã Klemensa foi visitá-la no hospital. Faustina estava reduzida a pele e ossos. Klemensa lhe perguntou: “O senhor Jesus te disse se haverá guerra?”. – “Haverá guerra”, respondeu ela. E depois acrescentou: “...A guerra durará muito tempo, haverá muitas desgraças. Sofrimentos terríveis cairão sobre as pessoas” (in Bergadano, Elena, Faustina Kowalska. Mensageira da Divina Misericórdia, Paulinas, S. Paulo, 2006,p. 81).
Há inúmeros relatos de graças alcançadas por sua intercessão a partir da morte da Ir. Faustina. Um deles se refere a um fato ocorrido durante a II Guerra, assinado por Miquelina Niewiadomska em Varsóvia, ano de 1946:
“Como mensageira do exército clandestino da Polônia, levava um dia um maço de jornais e documentos importantes da imprensa subterrânea, num cesto vulgar, aberto, de modo a não chamar a atenção. Numa paragem, o tranvia [transporte] foi abordado pela polícia da Gestapo, que começou a inspecionar os passageiros. Antes que eu desse conta, estava a meu lado. Apanhada de improviso, sabia que não tinha maneira de escapar e deitei o cesto no chão. O que estava dentro caiu, com o livrinho intitulado ‘Jesus, eu confio em Vós’ por cima de tudo. Um dos policiais baixou-se para o apanhar e em voz baixa segredou-me: ‘E eu também confio n’Ele’, e, voltando-se, permitiu que eu apanhasse os papéis” (in Andrasz-Sopocko, A misericórdia de Deus. A única esperança da humanidade, 2ª ed., Tipografia Porto Médico L.da, Porto, 1956, pp. 88s).

O processo informativo para a canonização da Irmã Faustina se iniciou em 1965. O Cardeal Karol Wojtyla o encerra com uma sessão solene no dia 20/09/1967. Anos depois (1978) Karol Wojtyla se tornaria o Papa João Paulo II, e por suas mãos Irmã Faustina seria beatificada (1993) e canonizada (2000), tornado-se assim a primeira santa canonizada no III Milênio cristão. O milagre que permitiu a sua canonização foi a cura do Pe. Romualdo P. Pytel que sofria de “estenose aórtica predominante, calcificada e localizada na bicúspide, com insuficiência aórtica associada, e descompensação cardíaca esquerda” (in Laria, Raffaele, Santa Faustina e a Divina Misericórdia, Paulus, Apelação, 2004, p. 84). A data de sua celebração litúrgica é o dia 5 de outubro, que marca seu nascimento para o céu.



A Misericórdia é o maior atributo de Deus” (D. 611)
Santa Faustina Kowalska: rogai por nós!

Santa Faustina, doutora da Igreja?

Proposta de cardeais e bispos no 2º Congresso da Divina Misericórdia

 Santa Faustina Kowalska poderia ser a primeira doutora da Igreja do terceiro milênio: os cardeais e bispos reunidos em Cracóvia-Lagiewniki para o 2º Congresso Mundial da Divina Misericórdia dirigiram uma carta a Bento XVI pedindo a abertura do dossier.
A notícia foi difundida ao vivo neste domingo, 2 de outubro, depois do Ângelus de Bento XVI, pela Radio Espérance, que transmite o congresso pelas suas emissoras, pelo satélite WorldSpace e pela internet.
A santa polonesa Faustina Kowalska seria a quarta mulher proclamada doutora da Igreja, depois da carmelita espanhola Teresa de Ávila e da dominicana italiana Catarina de Sena, proclamadas por Paulo VI, e Teresa de Lisieux, proclamada por João Paulo II.
Seu ensinamento é considerado especialmente importante para o terceiro milênio e conhecido no mundo inteiro graças ao seu “Pequeno Diário”.
Depois do Ângelus, na Praça de São Pedro, Bento XVI dirigiu uma mensagem aos cerca de dois mil participantes do congresso, fazendo referência ao seu tema.
“Muito queridos, reforcem sua confiança no Senhor, por meio da reflexão comum e da oração, para levar eficazmente ao mundo a alegre mensagem de que a Misericórdia é fonte de esperança”, exortou-lhes.
Depois da mensagem difundida na Basílica da Misericórdia de Lagiewniki, consagrada em 2002 por João Paulo II, leu-se na assembleia uma carta de agradecimento, escrita em italiano.
Os bispos presentes – entre eles, os cardeais Dziwisz, Macharski, Rylko, Backis, Barbarin, Schönborn, Zen – assinaram a carta, na qual também agradecem ao Papa Bento XVI pela beatificação do “servidor da Misericórdia”, João Paulo II.
E acrescentaram a petição: que permita a abertura da causa do “doutorado” de Santa Faustina, o que ajudaria a promover no mundo a mensagem da Misericórdia divina.
O arcebispo de Cracóvia, cardeal Stanislaw Dziwisz, anunciou que se proporia aos participantes do congresso que assinassem a petição a favor do doutorado. Esta petição se irá estendendo, pouco a pouco, ao mundo inteiro

Papa reflete sobre figura bíblica do Bom Pastor

Uma imagem amada tanto por judeus como por cristãos

 “O Senhor é meu Pastor, nada me falta”: foi com estas palavras que o Papa quis introduzir a audiência geral de hoje, realizada na Praça de São Pedro, dentro do seu ciclo sobre a oração.
Este Salmo 23, no qual o Papa ficou sua reflexão, está “impregnado de confiança em sua totalidade, no qual o salmista expressa sua serena certeza de que é guiado e protegido, posto a salvo de todo perigo, porque o Senhor é o seu pastor”.
Este salmo é, segundo o Papa, “um texto familiar para todos e amado por todos”, que, com sua riqueza e profundidade, acompanhou “toda ahistória e a experiência religiosa o povo de Israel e acompanham os cristãos”.
“Mas é no Senhor Jesus que toda a força evocadora do nosso salmo chega à sua plenitude, encontra o cume do seu significado: Jesus é o 'Bom Pastor' que vai buscar a ovelha perdida, que conhece suas ovelhas e que dá a vida por elas”, acrescentou.
No salmo, explicou o Santo Padre, “se evoca tambémo ambiente nômade do pastoreio e a experiência de conhecimento recíproco que se estabelece entre o pastor e as ovelhas que compõem o seu pequeno rebanho”.
“Ele cuida delas, protege-as como bens preciosos, está preparado para defendê-las, para garantir seu bem-estar, para fazê-las viver em tranquilidade. Nada pode faltar-lhes se o pastor está com elas”, disse.
“Também nós, como o salmista, se caminharmos seguindo o 'Bom Pastor', ainda que possam parecer difíceis, tortuosos ou longos os caminhos da vida, inclusive muitas vezes em regiões desérticas espiritualmente, sem água e com um sol de racionalismo abrasador, sob a orientação do Senhor deveremos estar seguros de que estes são os 'certos' para nós e de que o Senhor nos guia, está sempre perto de nós e de que não nos faltará nada.”
“Quem caminha com o Senhor nos vales escuros do sofrimento, das dúvidas e de todos os problemas humanos, sente-se seguro – disse o Papa. 'Tu estás comigo': esta é a nossa certeza, a que nos sustenta.”
Esse “'comigo estás' é uma declaração de confiança inquebrantável, que resume uma experiência de fé radical; a proximidade de Deus transforma a realidade, o vale escuro perde toda a sua periculosidade, esvazia-se toda ameaça”, afirmou.
“O rebanho pode caminhar tranquilo, acompanhado pelo som familiar do cajado que bate no chão e indica a presença tranquilizadora do pastor”, acrescentou.
“Abondade e a fidelidade de Deus são a escolta que acompanha o salmista que sai da barraca e se coloca em caminho novamente. Além disso, é um caminho que adquire um novo sentido, tornando-se peregrinação rumo ao Templo do Senhor.”
O salmo, concluiu o Pontífice, “nos convida a renovar a nossa confiança em Deus, abandonando-nos totalmente em suas mãos”.