terça-feira, 29 de novembro de 2011

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI AO ARCEBISPO METROPOLITANO DE GUAYAQUIL POR OCASIÃO DO II CONGRESSO NACIONAL DA FAMÍLIA REALIZADO NO EQUADOR

Ao venerando irmão
Antonio Arregui Yarza
Arcebispo metropolitano de Guayaquil
Presidente da Conferência Episcopal do Equador

Por ocasião do Segundo Congresso Nacional da Família, saúdo com afecto os pastores e os fiéis da Igreja no Equador que, no contexto da Missão Continental desejada em Aparecida pelo Episcopado da América Latina e do Caribe e em preparação do VII Encontro Mundial das Famílias, que terá lugar em Milão (Itália), tencionam levar a cabo um processo de reflexão sobre o Evangelho que permita aos casais e às famílias cristãs responder à sua identidade, vocação e missão.
O tema do Congresso, «A família equatoriana em missão: o trabalho e a festa ao serviço da pessoa e do bem comum», reconhece que a família, nascida do pacto de amor e da entrega total e sincera de um homem e uma mulher unidos no matrimónio, não constitui uma realidade pessoal, encerrada em si mesma. Ela, devido à sua vocação, presta um serviço maravilhoso e decisivo em prol do bem comum da sociedade e da missão da Igreja. Com efeito, a sociedade não é um mero conjunto de indivíduos, mas o resultado dos relacionamentos entre as pessoas, homens e mulheres, pais e filhos, e irmãos, relacionamentos baseados na vida familiar e nos vínculos de afecto que dela derivam. Cada família oferece à sociedade, através dos seus filhos, a riqueza humana que viveu. Com razão, é possível afirmar que da saúde e da qualidade dos relacionamentos familiares depende a saúde e a qualidade dos relacionamentos sociais.
Neste sentido, o trabalho e a festa, dizem respeito de maneira especial e estão profundamente vinculados à vida das famílias: influenciam as suas escolhas, as relações entre os cônjuges e entre pais e filhos, e incidem nos vínculos da família com a sociedade e com a Igreja.
Através do trabalho, o homem experimenta a si mesmo como sujeito, partícipe do projecto criador de Deus. Por conseguinte, a falta de trabalho e a sua precariedade ameaçam a dignidade do homem, criando não só situações de injustiça e de pobreza, que frequentemente degeneram em desespero, criminalidade e violência, mas também em crises de identidade nas pessoas. Além disso, é urgente que surjam em toda a parte medidas eficazes, projectos sérios e adequados, assim como uma vontade inabalável e sincera que permita encontrar caminhos a fim de que todos tenham acesso a um trabalho digno, estável e bem remunerado, mediante o qual se santifiquem e participem activamente no desenvolvimento da sociedade, conjugando um trabalho intenso e responsável com tempos adequados para uma vida familiar rica, fecunda e harmoniosa. Um ambiente familiar sereno e construtivo, com as suas obrigações domésticas e com os seus afectos, constitui a primeira escola de trabalho e o espaço mais indicado para que a pessoa descubra as suas potencialidades, aumente o seu desejo de crescimento e realize as suas aspirações mais nobres. Além disso, a vida familiar ensina a vencer o egoísmo, a cultivar a solidariedade, a não desdenhar do sacrifício a favor da felicidade do próximo, a valorizar o que é bom e justo e a empenhar-se com convicção e generosidade em prol do bem-estar comum e do bem recíproco, sendo responsáveis em relação a si mesmos, aos outros e ao meio ambiente.
A festa, por sua vez, humaniza o tempo abrindo-o ao encontro com Deus, com os outros e com a natureza. Por isso as famílias precisam de recuperar o significado autêntico da festa, especialmente aos domingo, dia do Senhor e do homem. Durante a celebração eucarística dominical, a família experimenta aqui e agora a presença real do Senhor Ressuscitado, recebe a nova vida, acolhe o dom do Espírito, incrementa o seu amor à Igreja, escuta a Palavra divina, compartilha o Pão eucarístico e abre-se ao amor fraterno.
Com estes sentimentos, enquanto garanto a minha proximidade e o meu afecto para com os queridos filhos e filhas desta Nação, confio os frutos deste Congresso à intercessão poderosa de Nossa Senhora da apresentação de Quinche, padroeira celestial do Equador, e como penhor de abundantes favores divinos, concedo de bom grado a Bênção Apostólica.
Vaticano, 1 de Novembro de 2011
PAPA BENTO XVI

Novena de natal em família e Campanha para a Evangelização

Dom Enemésio Ângelo Lazzaris

Bispo Diocesano de Balsas - MA

Mais uma vez somos convocados a nos prepararmos bem para celebrar a memória do nascimento do Menino Deus. Já é hora de providenciar o nosso livrinho e começar a organizar nossos grupos para preparar e realizar bem a novena. Nada de improvisação; os que vão coordenar os encontros devem estar bem por dentro do assunto, preparar os cânticos, visitar e orientar cada uma das famílias onde vão ser realizados os encontros. É importante que as famílias estejam presentes e participem de todos os encontros.
Há alguns anos, a Igreja no Brasil realiza, durante o advento, a campanha para a evangelização. Qual a finalidade desta Campanha?
- É para todos tomarmos consciência da importância da evangelização. E para participarmos de uma contribuição especial para que seja formado o fundo para a evangelização. Embora o “dia D” desta campanha seja o 3º domingo (3º fim de semana) do advento, é preciso, desde o início, ir motivando o povo para que saiba o que está fazendo e faça com generosidade a sua oferta. Não se deve deixar para a última hora. Lembro que todas as ofertas das celebrações dos dias 17 e 18 de dezembro, que estejam no envelope ou não, devem ser enviadas na íntegra para a diocese, que, do total, enviará uma parte para a CNBB e ficará com a outra para constituir o fundo diocesano de evangelização. Com estes recursos poderemos levar  adiante com mais segurança o processo de formação nos dois polos, de Pastos Bons e Balsas, nas diaconias e paróquias. Isso implica gastos com a infra estrutura, com alimentação, com assessores, com viagens e com material. Parte deste fundo será destinado para o orçamento das pastorais e movimentos eclesiais, a fim de que possam organizar suas atividades evangelizadoras.
Se os fiéis entenderem bem do que se trata, farão sua oferta com mais consciência e maior generosidade.

Presidente da CNBB prega sobre Advento e lembra Campanha da Evangelização


dom_damasceno.aparecida2O Cardeal Arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis, presidiu a Celebração Eucarística das 8h, no Altar Central, do Santuário Nacional neste 1º domingo do Advento (27). Em sua homilia, Dom Damasceno afirmou que o advento marca para nós cristãos, o início de um novo ano litúrgico e durante este novo ano, o evangelho em destaque será o de São Marcos.
"O tempo do advento, convida-nos a preparar-nos para celebrar o Natal numa dupla prospectiva: na primeira parte do tempo do advento a liturgia convida-nos a nos prepararmos para acolher o Cristo que virá no fim dos tempos e levará à plenitude o seu reino, como Ele nos prometeu. Ele virá julgar os vivos e os mortos, como rezamos no Credo", afirmou o Cardeal. Dom Raymundo acrescentou que na última semana, antes do Natal, a liturgia nos convida a contemplar e a meditar sobre o mistério da encarnação, o nascimento de Jesus, a primeira vinda do Filho de Deus, ocorrida há mais de dois mil anos. "Neste tempo do advento, a liturgia apresenta-nos alguns personagens que devem nos ajudar a iluminar a nossa realidade e a vivê-la segundo o projeto de Deus: Isaias, João Batista, José e a Virgem Maria. O texto de hoje é uma das mais belas e comoventes orações do Antigo Testamento", completou.
O Cardeal disse que no evangelho, São Marcos narra a parábola do homem que partiu para o exterior e confiou a sua casa à responsabilidade de seus empregados, deu a cada um uma tarefa e mandou o porteiro ficar vigiando até a sua volta. "A parábola alerta-nos para a responsabilidade que temos de, a qualquer momento, sermos chamados a prestar contas a Deus, de nossa vida. 'Ficai atentos, cuidado! disse Jesus, porque não sabeis quando chegará o momento'", afirmou. No Brasil, a Igreja realiza a Campanha para Evangelização, com o lema: 'Ele veio curar nossos males'.
Segundo Dom Damasceno, a campanha deste ano convida cada cristão a abrir o coração para acolher Aquele que veio habitar entre nós para nos salvar e dar sentido a nossa vida. "É por isso que a festa do Natal é um momento de singular importância no trabalho evangelizador. É o momento de aprendizado sobre o significado da nossa existência, de descobrirmos em Jesus, quem verdadeiramente somos.", acrescentou. A Campanha para a Evangelização tem também a finalidade de angariar recursos que garantam a continuidade do trabalho evangelizador da Igreja no Brasil. A coleta para a Evangelização será feita no 3º domingo do Advento. "O Cristo que se fez pobre ao nascer em Belém, assumindo nossa condição frágil e mortal nos ensine a ser generosos e a saber partilhar entre nós não só os bens espirituais, mas também os bens materiais", finalizou o Cardeal.