sábado, 13 de outubro de 2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

São Pio X e os estados liberais


São Pio X, logo no começo do seu Pontificado, teve que enfrentar uma grave questão, causada pela política liberal dos Estados. Antes de entrar no tema, recordemos brevemente qual deveria ser a relação normal entre a Igreja e os Estados, e o que é o liberalismo.
Um católico sabe que o maior bem do homem é conhecer a Verdade, Deus, e poder alcançá-lo livremente, ajudado por sua graça. Ao contrário, para um liberal, o maior bem do homem é a liberdade: o homem deve ser livre para escolher entre o certo ou o errado, o verdadeiro ou o falso. "Liberdade" é o sumo bem para um liberal, independente de qualquer coisa, até mesmo do bem e da verdade. No entanto, basta pensar um pouco para perceber que a possibilidade de buscar o erro ou o falso não são qualidades da liberdade, e sim defeitos seus. O homem é "livre" para buscar "livremente" o Bem e a Verdade, ou seja, Deus. Mas quando "livremente" busca o mal e o erro, mostra um defeito e mau uso da liberdade.
Passemos adiante. O erro do liberalismo não é apenas uma doutrina, senão que alcança todos os âmbitos da vida dos homens. O liberalismo alcança a economia, e dá à luz o liberalismo econômico; toca o pensamento, e temos a liberdade de imprensa, de opinião, reformas liberais, projetos liberais, etc. Enfim, quando o liberalismo toca a vida dos Estados, dá à luz o liberalismo político, ou seja, ele postula que os Estados possam escolher seus caminhos por si mesmos, independente da Igreja, da Moral, ou de qualquer limitação externa que pareça limitar sua liberdade de escolher seus destinos, sejam para buscar o bem ou o mal. A conseqüência é muito clara: o liberalismo exige a separação da Igreja e do Estado, e não consegue suportar que haja colaboração entre eles.
A relação normal entre a Igreja e o Estado católico pede uma cooperação: o Estado busca o bem comum temporal dos seus cidadãos; mas este bem comum temporal está subordinado à salvação das almas e a glória de Deus, que são os fins da Igreja, portanto, a cooperação entre eles é necessária. Por outro lado, o Estado de pensamento liberal busca a completa separação das duas ordens: os homens, em sua vida privada, até podem ser católicos, mas o Estado deve ser laico, ateu. Essa separação da Igreja e do Estado é o erro do liberalismo, pois o mesmo Deus criou aos homens, e os criou sociáveis, com a necessidade de viverem em sociedade. As leis não são independentes da Moral: também as leis devem respeitar os mandamentos divinos, promover o bem da Igreja e dispor os homens para alcançar aquele bem comum sobrenatural, que é a glória de Deus mesmo.
Essa política liberal de separação entre a Igreja e o Estado levantou dificuldades assim que São Pio X foi eleito Papa, primeiramente na França, depois em Portugal. Seguiremos aqui a história do que aconteceu na França.
O governo francês, liberal, vinha buscando algum pretexto para justificar a sua separação da Igreja, porém buscavam acusar a Igreja da responsabilidade.
No século anterior, o governo francês tinha assinado uma concordata, segundo a qual o Papa e o Presidente (ou Imperador) intervinham juntos para a nomeação dos bispos, ou seja, o governo apresentava o candidato a Roma, e o Papa aprovava ou não, caso não houvesse obstáculos para tal dignidade. A fim de encontrar um pretexto para desligar-se da Igreja, o governo francês começou a indicar padres indignos para serem bispos das dioceses vagas, e pediu a remoção de um bispo, mas com um estilo nada respeitoso. O Papa teve que recusar as nomeações, porque os candidatos não eram idôneos. Imediatamente o governo francês cortou as relações diplomáticas com a Santa Sé, e o Parlamento preparou a toda pressa a lei de separação da Igreja e do Estado.
Todos os bens da Igreja passaram a pertencer ao Estado (em outras palavras, o Estado roubava tudo o que fosse da Igreja: até hoje, todas as igrejas são propriedade do Estado francês), todos os religiosos estrangeiros foram expulsos do território francês, as congregações religiosas foram dissolvidas, os religiosos e religiosas foram expulsos dos hospitais, colégios, abrigos e asilos. Bispos, padres e seminaristas foram expulsos das suas casas que passaram a pertencer ao governo, e tiveram que pedir hospitalidade nas casas particulares e a viver da caridade dos fiéis.
O Papa protestou energicamente dois dias depois da promulgação dessa iníqua lei. Com a encíclica Vehementer, do começo de 1906, o Papa condenou solenemente essa lei da separação. Por fim, o Papa exortou o clero e o povo católico francês a suportar com resignação as perseguições, confiando em Deus, de quem procede todo o socorro e todo o consolo, e também a se manterem sempre firmes na fé, na concórdia e na união com a Santa Sé. Para demonstrar ao povo francês a sua paternal benevolência, agora sem a intervenção do Estado, São Pio X consagrou pessoalmente quatorze bispos franceses. Seriam estes bispos os apóstolos da França.
Nessa ocasião, quando os católicos se viram sem igrejas (porque todas elas tinham passado a pertencer ao Estado), o Papa dirigiu aos franceses uma frase consoladora, que bem pode ser dita nos nossos dias: "Eles têm as igrejas, vocês têm a Fé".
Concluindo, pois, devemos dizer que São Pio X, corajoso defensor dos direitos da Igreja e da religião, nunca deixou de apoiar os católicos diante da injustiça dos governos liberais, mesmo quando isso custasse inúmeras penas e sacrifícios. Era o "restabelecimento de todas as coisas Cristo", seu lema, e diante de abusos de toda espécie, dava mostras da sua mansa fortaleza, que é a força do justo: "Antes quebrar do que torcer".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI AO ARCEBISPO METROPOLITANO DE GUAYAQUIL POR OCASIÃO DO II CONGRESSO NACIONAL DA FAMÍLIA REALIZADO NO EQUADOR

Ao venerando irmão
Antonio Arregui Yarza
Arcebispo metropolitano de Guayaquil
Presidente da Conferência Episcopal do Equador

Por ocasião do Segundo Congresso Nacional da Família, saúdo com afecto os pastores e os fiéis da Igreja no Equador que, no contexto da Missão Continental desejada em Aparecida pelo Episcopado da América Latina e do Caribe e em preparação do VII Encontro Mundial das Famílias, que terá lugar em Milão (Itália), tencionam levar a cabo um processo de reflexão sobre o Evangelho que permita aos casais e às famílias cristãs responder à sua identidade, vocação e missão.
O tema do Congresso, «A família equatoriana em missão: o trabalho e a festa ao serviço da pessoa e do bem comum», reconhece que a família, nascida do pacto de amor e da entrega total e sincera de um homem e uma mulher unidos no matrimónio, não constitui uma realidade pessoal, encerrada em si mesma. Ela, devido à sua vocação, presta um serviço maravilhoso e decisivo em prol do bem comum da sociedade e da missão da Igreja. Com efeito, a sociedade não é um mero conjunto de indivíduos, mas o resultado dos relacionamentos entre as pessoas, homens e mulheres, pais e filhos, e irmãos, relacionamentos baseados na vida familiar e nos vínculos de afecto que dela derivam. Cada família oferece à sociedade, através dos seus filhos, a riqueza humana que viveu. Com razão, é possível afirmar que da saúde e da qualidade dos relacionamentos familiares depende a saúde e a qualidade dos relacionamentos sociais.
Neste sentido, o trabalho e a festa, dizem respeito de maneira especial e estão profundamente vinculados à vida das famílias: influenciam as suas escolhas, as relações entre os cônjuges e entre pais e filhos, e incidem nos vínculos da família com a sociedade e com a Igreja.
Através do trabalho, o homem experimenta a si mesmo como sujeito, partícipe do projecto criador de Deus. Por conseguinte, a falta de trabalho e a sua precariedade ameaçam a dignidade do homem, criando não só situações de injustiça e de pobreza, que frequentemente degeneram em desespero, criminalidade e violência, mas também em crises de identidade nas pessoas. Além disso, é urgente que surjam em toda a parte medidas eficazes, projectos sérios e adequados, assim como uma vontade inabalável e sincera que permita encontrar caminhos a fim de que todos tenham acesso a um trabalho digno, estável e bem remunerado, mediante o qual se santifiquem e participem activamente no desenvolvimento da sociedade, conjugando um trabalho intenso e responsável com tempos adequados para uma vida familiar rica, fecunda e harmoniosa. Um ambiente familiar sereno e construtivo, com as suas obrigações domésticas e com os seus afectos, constitui a primeira escola de trabalho e o espaço mais indicado para que a pessoa descubra as suas potencialidades, aumente o seu desejo de crescimento e realize as suas aspirações mais nobres. Além disso, a vida familiar ensina a vencer o egoísmo, a cultivar a solidariedade, a não desdenhar do sacrifício a favor da felicidade do próximo, a valorizar o que é bom e justo e a empenhar-se com convicção e generosidade em prol do bem-estar comum e do bem recíproco, sendo responsáveis em relação a si mesmos, aos outros e ao meio ambiente.
A festa, por sua vez, humaniza o tempo abrindo-o ao encontro com Deus, com os outros e com a natureza. Por isso as famílias precisam de recuperar o significado autêntico da festa, especialmente aos domingo, dia do Senhor e do homem. Durante a celebração eucarística dominical, a família experimenta aqui e agora a presença real do Senhor Ressuscitado, recebe a nova vida, acolhe o dom do Espírito, incrementa o seu amor à Igreja, escuta a Palavra divina, compartilha o Pão eucarístico e abre-se ao amor fraterno.
Com estes sentimentos, enquanto garanto a minha proximidade e o meu afecto para com os queridos filhos e filhas desta Nação, confio os frutos deste Congresso à intercessão poderosa de Nossa Senhora da apresentação de Quinche, padroeira celestial do Equador, e como penhor de abundantes favores divinos, concedo de bom grado a Bênção Apostólica.
Vaticano, 1 de Novembro de 2011
PAPA BENTO XVI

Novena de natal em família e Campanha para a Evangelização

Dom Enemésio Ângelo Lazzaris

Bispo Diocesano de Balsas - MA

Mais uma vez somos convocados a nos prepararmos bem para celebrar a memória do nascimento do Menino Deus. Já é hora de providenciar o nosso livrinho e começar a organizar nossos grupos para preparar e realizar bem a novena. Nada de improvisação; os que vão coordenar os encontros devem estar bem por dentro do assunto, preparar os cânticos, visitar e orientar cada uma das famílias onde vão ser realizados os encontros. É importante que as famílias estejam presentes e participem de todos os encontros.
Há alguns anos, a Igreja no Brasil realiza, durante o advento, a campanha para a evangelização. Qual a finalidade desta Campanha?
- É para todos tomarmos consciência da importância da evangelização. E para participarmos de uma contribuição especial para que seja formado o fundo para a evangelização. Embora o “dia D” desta campanha seja o 3º domingo (3º fim de semana) do advento, é preciso, desde o início, ir motivando o povo para que saiba o que está fazendo e faça com generosidade a sua oferta. Não se deve deixar para a última hora. Lembro que todas as ofertas das celebrações dos dias 17 e 18 de dezembro, que estejam no envelope ou não, devem ser enviadas na íntegra para a diocese, que, do total, enviará uma parte para a CNBB e ficará com a outra para constituir o fundo diocesano de evangelização. Com estes recursos poderemos levar  adiante com mais segurança o processo de formação nos dois polos, de Pastos Bons e Balsas, nas diaconias e paróquias. Isso implica gastos com a infra estrutura, com alimentação, com assessores, com viagens e com material. Parte deste fundo será destinado para o orçamento das pastorais e movimentos eclesiais, a fim de que possam organizar suas atividades evangelizadoras.
Se os fiéis entenderem bem do que se trata, farão sua oferta com mais consciência e maior generosidade.

Presidente da CNBB prega sobre Advento e lembra Campanha da Evangelização


dom_damasceno.aparecida2O Cardeal Arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis, presidiu a Celebração Eucarística das 8h, no Altar Central, do Santuário Nacional neste 1º domingo do Advento (27). Em sua homilia, Dom Damasceno afirmou que o advento marca para nós cristãos, o início de um novo ano litúrgico e durante este novo ano, o evangelho em destaque será o de São Marcos.
"O tempo do advento, convida-nos a preparar-nos para celebrar o Natal numa dupla prospectiva: na primeira parte do tempo do advento a liturgia convida-nos a nos prepararmos para acolher o Cristo que virá no fim dos tempos e levará à plenitude o seu reino, como Ele nos prometeu. Ele virá julgar os vivos e os mortos, como rezamos no Credo", afirmou o Cardeal. Dom Raymundo acrescentou que na última semana, antes do Natal, a liturgia nos convida a contemplar e a meditar sobre o mistério da encarnação, o nascimento de Jesus, a primeira vinda do Filho de Deus, ocorrida há mais de dois mil anos. "Neste tempo do advento, a liturgia apresenta-nos alguns personagens que devem nos ajudar a iluminar a nossa realidade e a vivê-la segundo o projeto de Deus: Isaias, João Batista, José e a Virgem Maria. O texto de hoje é uma das mais belas e comoventes orações do Antigo Testamento", completou.
O Cardeal disse que no evangelho, São Marcos narra a parábola do homem que partiu para o exterior e confiou a sua casa à responsabilidade de seus empregados, deu a cada um uma tarefa e mandou o porteiro ficar vigiando até a sua volta. "A parábola alerta-nos para a responsabilidade que temos de, a qualquer momento, sermos chamados a prestar contas a Deus, de nossa vida. 'Ficai atentos, cuidado! disse Jesus, porque não sabeis quando chegará o momento'", afirmou. No Brasil, a Igreja realiza a Campanha para Evangelização, com o lema: 'Ele veio curar nossos males'.
Segundo Dom Damasceno, a campanha deste ano convida cada cristão a abrir o coração para acolher Aquele que veio habitar entre nós para nos salvar e dar sentido a nossa vida. "É por isso que a festa do Natal é um momento de singular importância no trabalho evangelizador. É o momento de aprendizado sobre o significado da nossa existência, de descobrirmos em Jesus, quem verdadeiramente somos.", acrescentou. A Campanha para a Evangelização tem também a finalidade de angariar recursos que garantam a continuidade do trabalho evangelizador da Igreja no Brasil. A coleta para a Evangelização será feita no 3º domingo do Advento. "O Cristo que se fez pobre ao nascer em Belém, assumindo nossa condição frágil e mortal nos ensine a ser generosos e a saber partilhar entre nós não só os bens espirituais, mas também os bens materiais", finalizou o Cardeal.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cristãos sendo espancados e queimados vivos na Costa do Marfim

ATÉ QUE PONTO CHEGAMOS COM NOSSOS IRMAOS

Quem apóia o assassinato de crianças faz pior que isso:


"Quóniam omnes dii géntium dæmónia" Ps. XCV, 5

"Usquequo, Domine, sanctus et verus, non iudicas et vindicas sanguinem nostrum de his, qui habitant in terra?" APOCALIPSIS VI, 9

Como bem diz o salmista: "Os deuses dos pagãos são demônios". Também os filhos de Aarão, por ter colocado no altar um fogo profano, contra os preceitos do Senhor, foram mortos no mesmo instante pela divina vingança [Cf Lev 10,1-2; Num 3,4].

"7 Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?
8 Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?" Lucas XVIII

"Abertura do quinto selo: oração dos mártires
9 Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários.
10 E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra?
11 Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos." Apocalipse IX, 9-10

Mateus 5:
"1 Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
2 Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
3 Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
9 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
11 Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós."

Peçamos a Nosso Senhor para sermos fiéis e JAMAIS abandoná-Lo, pois Seu Juízo será sem misericórdia para quem não foi misericordioso. Sei que este vídeo é forte chocante, mas QUEM É ABORTISTA FAZ PIOR, MUITO PIOR!