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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Homenagem a Dra. Zilda Arns
Dra. Zilda Arns fundadora da Pastoral da Criança |
Faleceu fazendo o que sempre falou: congregar mais pessoas para se unirem na busca de “vida em abundância” para crianças e gestantes pobres.
Advento, a realização e confirmação da Aliança
Coroa do Advento |
Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da
liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus
Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do
próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.
A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento,
é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É
a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos
aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.
Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus
se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas.
Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro.
É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.
Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons
conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da
Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e
ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.
O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode
ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito
importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se
das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.
Outro fato é não desanimar diante dos tipos de
dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de
disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na
prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.
Confiar significa ter a sensação de não estar
abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher
Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o
egoísmo e seguir Jesus Cristo.
Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das
festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do
consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto
Lefebvristas retiram da internet artigo que ataca o Papa e o Vaticano
A Fraternidade Sacerdotal São Pio X
(lefebvristas) –agrupamento dos seguidores do Arcebispo Marcel
Lefebvre, que faleceu excomungado em 1988 por ordenar quatro bispos sem
a permissão do Papa– retirou da internet um artigo no qual critica o
Papa e o Vaticano. Há alguns meses, a Santa Sé promove o estudo de um
Preâmbulo Doutrinal para que a mencionada organização regresse à
comunhão com a Igreja Católica.
O artigo critica, entre outras coisas,
a “hermenêutica da continuidade”, um critério estabelecido pelo Papa
Bento XVI para uma melhor compreensão dos ensinamentos do Concílio
Vaticano II. Escrito pelo superior da Fraternidade para o distrito de
Grã-Bretanha, Paul Morgan, o texto menciona a reunião em Albano,
Itália, entre os dias 7 e 8 de outubro, na qual estiveram presentes os
líderes da FSSPX. O líder lefebvrista considera “claramente
inaceitável” a proposta feita pela Santa Sé para o ingresso à comunhão
católica.
O texto afirma que “a respeito das
discussões doutrinais, foi decepcionante constatar que a comissão
romana fracassou em reconhecer a ruptura entre o ensinamento
tradicional e o conciliar (do Concílio Vaticano II). Pelo contrário
–segue criticando Morgan–, insistiram na “interpretação hermenêutica da
continuidade”, estabelecendo que os novos ensinamentos incluíam e
melhoravam os antigos!”
“Não nos surpreende –prossegue– que a
proposta doutrinal para qualquer acordo canônico de fato contenha todos
aqueles elementos que a Sociedade (lefebvrista) rechaçou
consistentemente, incluindo a aceitação do Novo Missal e do Vaticano
II”. Por isso, conclui Morgan, “o consenso dos que estávamos
participando (em Albano) foi considerar que o Preâmbulo Doutrinal era
claramente inaceitável e que ainda não chegou a hora de lograr qualquer
acordo, enquanto sigam pendentes os assuntos doutrinais”.
A respeito disso, os lefebvristas
lançaram hoje um comunicado no qual se indica que, depois da reunião de
Albano, “somente a Casa Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X está
habilitada para prestar um comunicado oficial ou um comentário
autorizado sobre este tema”.
O conteúdo da carta de Morgan pode ser
lido (em inglês) no seguinte enlace:
http://www.aciprensa.com/controversias/lefrebvistas.pdf
Antecedentes
No dia 14 de setembro, o Vaticano
lançou um comunicado no qual explicou que o Preâmbulo entregado aos
lefebvristas “estabelece alguns princípios doutrinais e critérios de
interpretação da doutrina católica, necessários para garantir a
fidelidade ao Magistério da Igreja e o “sentire cum Ecclesia” (sentir
com a Igreja)”. O documento também deixa aberta “a uma discussão
legítima, o estudo e a explicação das expressões ou fórmulas
particulares presentes nos documentos do Concílio Vaticano II e do
Magistério sucessivo”.
O texto da Sala de Imprensa lembra
também que o Santo Padre decidiu, em 2009, levantar a excomunhão que
pesava sobre os quatro bispos ordenados por Lefebvre “em função do
pedido feito pelo Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X a
Sua Santidade Bento XVI, no dia 15 de outubro de 2008”. No entanto, no
dia 4 de fevereiro de 2009, a Secretaria de Estado do Vaticano lançou
um comunicado no qual se aclara que “a extinção da excomunhão libertou
os quatro Bispos de uma pena canônica gravíssima, mas não mudou a
situação jurídica da Fraternidade São Pio X que, no momento atual, não
goza de qualquer reconhecimento canônico na Igreja Católica”. Este
texto também diz que os quatro bispos ordenados por Lefebvre estão
obrigados a um “pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II” –embora o
tenham rechaçado até agora, como se deduz pelas declarações expostas
nesta nota e pelas reportagens anteriores de ACI Prensa– e do
Magistério de todos os Papas posteriores a Pio XII.
O Concílio Vaticano II é um dos eventos
mais importantes na história da Igreja. Foi realizado entre os anos
1962 1965, congregando os bispos do mundo inteiro. Produziu um corpo
doutrinal que busca promover a fé católica, renovar a vida dos fiéis,
adaptar a liturgia e alentar a presença dos leigos.
Índia: religiosa assassinada pelo seu trabalho missionário
A Igreja na Índia perdeu a religiosa
Valsha John, 53 anos, da Congregação das Irmãs da Caridade de Jesus e
Maria, que desempenhava seu trabalho missionário em meio aos autóctones.
A religiosa nasceu no Estado de Kerala
e foi assassinada no último dia 15, em sua casa, no distrito de Paku,
no Estado de Jharhkand, onde trabalhou durante vinte anos.
Segundo a Agência Fides, nesta
quinta-feira, foram celebradas as exéquias da religiosa na Catedral de
Dumka, que contou com a participação de 700 pessoas, dentre elas
sacerdotes, religiosos, leigos e autóctones provenientes de Jharhkand e
Kerala.
O sacerdote jesuíta Pe. Varkey Chenna
recordou durante a missa o discipulado e a missão da religiosa. Irmã
Valsha vivia e trabalhava com os pobres, partilhando suas dificuldades
e testemunhando a fé cristã.
Comprometida com a defesa dos nativos,
em 2007, o trabalho pastoral da religiosa começou a obter cobertura da
mídia quando foi presa por denunciar o confisco de terras, pertencentes
aos indígenas adivasis, feito pela empresa de mineração de carvão PANEM
Coal Company Limited, a transferência forçada da etnia santal e sua
exploração desumana perpetrada pela máfia das minas.
A polícia está investigando o caso.
Segundo uma nota enviada à Agência Fides pelo “Global Council of Indian
Christians” (GCIC), a religiosa foi muitas vezes ameaçada por
criminosos, por ter denunciado as ameaças recebidas, mas as autoridades
estatais, que pertencem a partidos nacionalistas hinduístas, ignoraram
seus pedidos de ajuda e a deixaram sem proteção.
Todos os dias 34 mil pessoas no mundo passam a fazer parte da “família” da Igreja Católica
Todos os dias, 34 mil pessoas passam a
fazer parte da “família” da Igreja Católica. É o que revela o relatório
anual da “Situação da missão global”, realizado em 2011, e segundo o
qual o catolicismo reúne um bilhão e 160 milhões de fiéis. Números que
desmentem o clichê de que vivemos em uma sociedade moderna cada vez
mais secularizada e relativista, que rejeita tudo aquilo que tende ao
transcendente, mas que, ao contrário, demonstra a vitalidade de uma
Igreja que renova e aumenta sua comunidade de fiéis. Segundo os dados
do estudo, divulgado pela agência Analisis Digital, e retomados pela
agência Zenit, no mundo hoje existem dois bilhões de pessoas, de um
total de 7 bilhões, aos quais nunca chegou a mensagem do Evangelho.
Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes falar de
Cristo, ou o conhecem vagamente, porém não são cristãos.
“Apesar do fato de Jesus Cristo ter
fundado uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que “todos
fossem um”, hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1.600 no
início do século XX, e são já 42 mil em 2011”, afirma o estudo. Os
protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia. Os
protestantes “clássicos” são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia. As
Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por
dia. Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87
milhões, e três mil a mais por dia. Aqueles que o estudo define
“cristãos marginais” (Testemunhas de Jeová, Mórmons, aqueles que não
reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e
crescem dois mil ao dia.
“A forma mais comum de crescimento é
ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A
conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas
todos os anos, e o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”. Em
2011, os cristãos de todas as denominações terão feito circular 71
milhões de Bíblias a mais no mundo (há hoje 1 bilhão e 741 milhões,
algumas de forma clandestina). A cada ano 409 mil cristãos partem para
evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800
organizações missionárias diversas.
Pressionada por críticas, Canção Nova retira programas conduzidos por lideranças políticas da programação
Segundo a informação divulgada na
segunda-feira 21 pela Folha de São Paulo, a rede Canção Nova de rádio e
televisão retirou do ar programas até então conduzidos por lideranças
que atuam no campo da política devido a reações negativas ao programa
Justiça e Paz, conduzido pelo líder do PT em São Paulo, Edinho Silva.
A nota deste 21 de novembro da Folha
afirmava que a Canção Nova, “emissora de rádio e TV ligada ao movimento
católico Renovação Carismática, resolveu tirar do ar os programas
comandados pelos deputados federais Gabriel Chalita (PMDB-SP) e Eros
Biondini (PTB-MG), pelos estaduais Edinho Silva (PT-SP), Paulo Barbosa
(PSDB-SP) e Myriam Rios (PDT-RJ), e pela primeira-dama paulista, Lu
Alckmin”.
Segundo a Folha a razão teria sido “as
reações negativas de fiéis e lideranças da igreja à recente
incorporação de Edinho, presidente do diretório estadual petista, ao
quadro de apresentadores da Canção Nova”.
Segundo a Folha o programa “Justiça e
Paz” foi ao ar no dia 03, 10 e 17 de novembro e a sua intenção era
tratar de doutrina social da Igreja “segundo” o catecismo da Igreja
Católica. O programa era conduzido por Edinho Silva, líder do PT no
estado de São Paulo e conhecido pelo seu vínculo à teologia da libertação, junto do bispo de Jales, Dom Luiz Demetrio Valentini, outro conhecido nome desta proposta
teológica condenada pelo beato João Paulo II e Bento XVI por buscar
introduzir na doutrina social da Igreja elementos do marxismo.
Ademais, Edinho Silva participou
ativamente no período eleitoral de 2010 do movimento de censura ao
documento da CNBB Sul 1 que alertava os brasileiros para o
comprometimento do PT com a legalização do aborto no Brasil.
Em comunicação oficial a assessoria de
imprensa da Canção Nova emitiu uma nota afirmando que “o Conselho
Deliberativo da Fundação João Paulo II, reunido nesta sexta -feira, 18,
aprovou a reformulação de sua grade de programação referente aos
programas da Rádio e TV Canção Nova: “Histórias de Solidariedade”,
“Justiça e Paz”, “Lições de Vida”, “Mais Brasil”, “Papo Aberto” e
“Porta a Porta””.
“A Fundação João Paulo II agradece
a dedicação e o empenho de seus apresentadores. Reitera seu respeito às
suas atuações públicas, engajadas na construção de uma sociedade
melhor, e reafirma seu compromisso na formação de “homens novos para um
mundo novo”, conclui a nota de imprensa.
Em entrevista ao portal Araraquara.com (do interior de São Paulo), o próprio Edinho Silva fala da sua saída da Canção Nova:
“Penso que ocorreu uma reação dos setores mais conservadores da Igreja. Setores que têm dificuldade em entender a importância dos trabalhos sociais desenvolvidos pelas Pastorais”, afirmou.
“Penso que ocorreu uma reação dos setores mais conservadores da Igreja. Setores que têm dificuldade em entender a importância dos trabalhos sociais desenvolvidos pelas Pastorais”, afirmou.
As reações negativas dos católicos
mencionadas por Edinho puderam ser vistas de maneira especial no
twitter onde foi criada a campanha #CançãoNovaSemPT e #EdinhoForadaCN,
pedindo especificamente a retirada do programa Justiça e Paz e a saída
do deputado Silva assim como o movimento #ForadaCNChalita, pedindo a
saída do deputado federal Gabriel Chalita do PMDB, que fez campanha
para a senadora Martha Suplicy (PT-SP), conhecida defensora do aborto e
dos “direitos” dos movimentos feminista e LGBT.
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