sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Homenagem a Dra. Zilda Arns


Uma mulher de coragem! Dra. Zilda viveu para defender e promover as crianças, gestantes e idosos, construir uma sociedade mais justa, fraterna, com menos doenças e sofrimento humano. Morreu tragicamente no terremoto que devastou o Haiti dia 12 de janeiro de 2010, logo após fazer um pronunciamento sobre como salvar vidas com medidas simples, educativas e preventivas. Deixou sua marca na história do Brasil ao fundar e coordenar a Pastoral da Criança e Pastoral da Pessoa Idosa.

Dra. Zilda Arns fundadora da Pastoral da Criança
Em seu trabalho, sempre aliou o conhecimento científico ao conhecimento e à cultura popular; valorizou o papel da mulher pobre na transformação social; mobilizou a todos, pobres e ricos, analfabetos e doutores, na busca da Vida Plena para todos. Em suas manifestações costumava dizer: “Há muito o que se fazer, porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores.”

Faleceu fazendo o que sempre falou: congregar mais pessoas para se unirem na busca de “vida em abundância” para crianças e gestantes pobres.

Advento, a realização e confirmação da Aliança

Coroa do Advento
  Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.
  A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.
  Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.
  Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.
  O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.
  Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.
  Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.
  Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

Lefebvristas retiram da internet artigo que ataca o Papa e o Vaticano

A Fraternidade Sacerdotal São Pio X (lefebvristas) –agrupamento dos seguidores do Arcebispo Marcel Lefebvre, que faleceu excomungado em 1988 por ordenar quatro bispos sem a permissão do Papa– retirou da internet um artigo no qual critica o Papa e o Vaticano. Há alguns meses, a Santa Sé promove o estudo de um Preâmbulo Doutrinal para que a mencionada organização regresse à comunhão com a Igreja Católica.
O artigo critica, entre outras coisas, a “hermenêutica da continuidade”, um critério estabelecido pelo Papa Bento XVI para uma melhor compreensão dos ensinamentos do Concílio Vaticano II. Escrito pelo superior da Fraternidade para o distrito de Grã-Bretanha, Paul Morgan, o texto menciona a reunião em Albano, Itália, entre os dias 7 e 8 de outubro, na qual estiveram presentes os líderes da FSSPX. O líder lefebvrista considera “claramente inaceitável” a proposta feita pela Santa Sé para o ingresso à comunhão católica.
O texto afirma que “a respeito das discussões doutrinais, foi decepcionante constatar que a comissão romana fracassou em reconhecer a ruptura entre o ensinamento tradicional e o conciliar (do Concílio Vaticano II). Pelo contrário –segue criticando Morgan–, insistiram na “interpretação hermenêutica da continuidade”, estabelecendo que os novos ensinamentos incluíam e melhoravam os antigos!”
“Não nos surpreende –prossegue– que a proposta doutrinal para qualquer acordo canônico de fato contenha todos aqueles elementos que a Sociedade (lefebvrista) rechaçou consistentemente, incluindo a aceitação do Novo Missal e do Vaticano II”. Por isso, conclui Morgan, “o consenso dos que estávamos participando (em Albano) foi considerar que o Preâmbulo Doutrinal era claramente inaceitável e que ainda não chegou a hora de lograr qualquer acordo, enquanto sigam pendentes os assuntos doutrinais”.
A respeito disso, os lefebvristas lançaram hoje um comunicado no qual se indica que, depois da reunião de Albano, “somente a Casa Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X está habilitada para prestar um comunicado oficial ou um comentário autorizado sobre este tema”.
O conteúdo da carta de Morgan pode ser lido (em inglês) no seguinte enlace: http://www.aciprensa.com/controversias/lefrebvistas.pdf
Antecedentes
No dia 14 de setembro, o Vaticano lançou um comunicado no qual explicou que o Preâmbulo entregado aos lefebvristas “estabelece alguns princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica, necessários para garantir a fidelidade ao Magistério da Igreja e o “sentire cum Ecclesia” (sentir com a Igreja)”. O documento também deixa aberta “a uma discussão legítima, o estudo e a explicação das expressões ou fórmulas particulares presentes nos documentos do Concílio Vaticano II e do Magistério sucessivo”.
O texto da Sala de Imprensa lembra também que o Santo Padre decidiu, em 2009, levantar a excomunhão que pesava sobre os quatro bispos ordenados por Lefebvre “em função do pedido feito pelo Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X a Sua Santidade Bento XVI, no dia 15 de outubro de 2008”. No entanto, no dia 4 de fevereiro de 2009, a Secretaria de Estado do Vaticano lançou um comunicado no qual se aclara que “a extinção da excomunhão libertou os quatro Bispos de uma pena canônica gravíssima, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X que, no momento atual, não goza de qualquer reconhecimento canônico na Igreja Católica”. Este texto também diz que os quatro bispos ordenados por Lefebvre estão obrigados a um “pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II” –embora o tenham rechaçado até agora, como se deduz pelas declarações expostas nesta nota e pelas reportagens anteriores de ACI Prensa– e do Magistério de todos os Papas posteriores a Pio XII.
O Concílio Vaticano II é um dos eventos mais importantes na história da Igreja. Foi realizado entre os anos 1962 1965, congregando os bispos do mundo inteiro. Produziu um corpo doutrinal que busca promover a fé católica, renovar a vida dos fiéis, adaptar a liturgia e alentar a presença dos leigos.

Índia: religiosa assassinada pelo seu trabalho missionário


A Igreja na Índia perdeu a religiosa Valsha John, 53 anos, da Congregação das Irmãs da Caridade de Jesus e Maria, que desempenhava seu trabalho missionário em meio aos autóctones.
A religiosa nasceu no Estado de Kerala e foi assassinada no último dia 15, em sua casa, no distrito de Paku, no Estado de Jharhkand, onde trabalhou durante vinte anos.
Segundo a Agência Fides, nesta quinta-feira, foram celebradas as exéquias da religiosa na Catedral de Dumka, que contou com a participação de 700 pessoas, dentre elas sacerdotes, religiosos, leigos e autóctones provenientes de Jharhkand e Kerala.
O sacerdote jesuíta Pe. Varkey Chenna recordou durante a missa o discipulado e a missão da religiosa. Irmã Valsha vivia e trabalhava com os pobres, partilhando suas dificuldades e testemunhando a fé cristã.
Comprometida com a defesa dos nativos, em 2007, o trabalho pastoral da religiosa começou a obter cobertura da mídia quando foi presa por denunciar o confisco de terras, pertencentes aos indígenas adivasis, feito pela empresa de mineração de carvão PANEM Coal Company Limited, a transferência forçada da etnia santal e sua exploração desumana perpetrada pela máfia das minas.
A polícia está investigando o caso. Segundo uma nota enviada à Agência Fides pelo “Global Council of Indian Christians” (GCIC), a religiosa foi muitas vezes ameaçada por criminosos, por ter denunciado as ameaças recebidas, mas as autoridades estatais, que pertencem a partidos nacionalistas hinduístas, ignoraram seus pedidos de ajuda e a deixaram sem proteção.

Todos os dias 34 mil pessoas no mundo passam a fazer parte da “família” da Igreja Católica

Todos os dias, 34 mil pessoas passam a fazer parte da “família” da Igreja Católica. É o que revela o relatório anual da “Situação da missão global”, realizado em 2011, e segundo o qual o catolicismo reúne um bilhão e 160 milhões de fiéis. Números que desmentem o clichê de que vivemos em uma sociedade moderna cada vez mais secularizada e relativista, que rejeita tudo aquilo que tende ao transcendente, mas que, ao contrário, demonstra a vitalidade de uma Igreja que renova e aumenta sua comunidade de fiéis. Segundo os dados do estudo, divulgado pela agência Analisis Digital, e retomados pela agência Zenit, no mundo hoje existem dois bilhões de pessoas, de um total de 7 bilhões, aos quais nunca chegou a mensagem do Evangelho. Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes falar de Cristo, ou o conhecem vagamente, porém não são cristãos.
“Apesar do fato de Jesus Cristo ter fundado uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que “todos fossem um”, hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1.600 no início do século XX, e são já 42 mil em 2011”, afirma o estudo. Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia. Os protestantes “clássicos” são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia. As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por dia. Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia. Aqueles que o estudo define “cristãos marginais” (Testemunhas de Jeová, Mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia.
“A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, e o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”. Em 2011, os cristãos de todas as denominações terão feito circular 71 milhões de Bíblias a mais no mundo (há hoje 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina). A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas.

Pressionada por críticas, Canção Nova retira programas conduzidos por lideranças políticas da programação

Segundo a informação divulgada na segunda-feira 21 pela Folha de São Paulo, a rede Canção Nova de rádio e televisão retirou do ar programas até então conduzidos por lideranças que atuam no campo da política devido a reações negativas ao programa Justiça e Paz, conduzido pelo líder do PT em São Paulo, Edinho Silva.
A nota deste 21 de novembro da Folha afirmava que a Canção Nova, “emissora de rádio e TV ligada ao movimento católico Renovação Carismática, resolveu tirar do ar os programas comandados pelos deputados federais Gabriel Chalita (PMDB-SP) e Eros Biondini (PTB-MG), pelos estaduais Edinho Silva (PT-SP), Paulo Barbosa (PSDB-SP) e Myriam Rios (PDT-RJ), e pela primeira-dama paulista, Lu Alckmin”.
Segundo a Folha a razão teria sido “as reações negativas de fiéis e lideranças da igreja à recente incorporação de Edinho, presidente do diretório estadual petista, ao quadro de apresentadores da Canção Nova”.
Segundo a Folha o programa “Justiça e Paz” foi ao ar no dia 03, 10 e 17 de novembro e a sua intenção era tratar de doutrina social da Igreja “segundo” o catecismo da Igreja Católica. O programa era conduzido por Edinho Silva, líder do PT no estado de São Paulo e conhecido pelo seu vínculo à teologia da libertação, junto do bispo de Jales, Dom Luiz Demetrio Valentini, outro conhecido nome desta proposta teológica condenada pelo beato João Paulo II e Bento XVI por buscar introduzir na doutrina social da Igreja elementos do marxismo.
Ademais, Edinho Silva participou ativamente no período eleitoral de 2010 do movimento de censura ao documento da CNBB Sul 1 que alertava os brasileiros para o comprometimento do PT com a legalização do aborto no Brasil.
Em comunicação oficial a assessoria de imprensa da Canção Nova emitiu uma nota afirmando que “o Conselho Deliberativo da Fundação João Paulo II, reunido nesta sexta -feira, 18, aprovou a reformulação de sua grade de programação referente aos programas da Rádio e TV Canção Nova: “Histórias de Solidariedade”, “Justiça e Paz”, “Lições de Vida”, “Mais Brasil”, “Papo Aberto” e “Porta a Porta””.
“A Fundação João Paulo II agradece a dedicação e o empenho de seus apresentadores. Reitera seu respeito às suas atuações públicas, engajadas na construção de uma sociedade melhor, e reafirma seu compromisso na formação de “homens novos para um mundo novo”, conclui a nota de imprensa.
Em entrevista ao portal Araraquara.com (do interior de São Paulo), o próprio Edinho Silva fala da sua saída da Canção Nova:
“Penso que ocorreu uma reação dos setores mais conservadores da Igreja. Setores que têm dificuldade em entender a importância dos trabalhos sociais desenvolvidos pelas Pastorais”, afirmou.
As reações negativas dos católicos mencionadas por Edinho puderam ser vistas de maneira especial no twitter onde foi criada a campanha #CançãoNovaSemPT e #EdinhoForadaCN, pedindo especificamente a retirada do programa Justiça e Paz e a saída do deputado Silva assim como o movimento #ForadaCNChalita, pedindo a saída do deputado federal Gabriel Chalita do PMDB, que fez campanha para a senadora Martha Suplicy (PT-SP), conhecida defensora do aborto e dos “direitos” dos movimentos feminista e LGBT.