A Igreja na Índia perdeu a religiosa
Valsha John, 53 anos, da Congregação das Irmãs da Caridade de Jesus e
Maria, que desempenhava seu trabalho missionário em meio aos autóctones.
A religiosa nasceu no Estado de Kerala
e foi assassinada no último dia 15, em sua casa, no distrito de Paku,
no Estado de Jharhkand, onde trabalhou durante vinte anos.
Segundo a Agência Fides, nesta
quinta-feira, foram celebradas as exéquias da religiosa na Catedral de
Dumka, que contou com a participação de 700 pessoas, dentre elas
sacerdotes, religiosos, leigos e autóctones provenientes de Jharhkand e
Kerala.
O sacerdote jesuíta Pe. Varkey Chenna
recordou durante a missa o discipulado e a missão da religiosa. Irmã
Valsha vivia e trabalhava com os pobres, partilhando suas dificuldades
e testemunhando a fé cristã.
Comprometida com a defesa dos nativos,
em 2007, o trabalho pastoral da religiosa começou a obter cobertura da
mídia quando foi presa por denunciar o confisco de terras, pertencentes
aos indígenas adivasis, feito pela empresa de mineração de carvão PANEM
Coal Company Limited, a transferência forçada da etnia santal e sua
exploração desumana perpetrada pela máfia das minas.
A polícia está investigando o caso.
Segundo uma nota enviada à Agência Fides pelo “Global Council of Indian
Christians” (GCIC), a religiosa foi muitas vezes ameaçada por
criminosos, por ter denunciado as ameaças recebidas, mas as autoridades
estatais, que pertencem a partidos nacionalistas hinduístas, ignoraram
seus pedidos de ajuda e a deixaram sem proteção.
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