quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

As quatro velas...




As quatro velas queimavam lentamente.

O ambiente estava tão silencioso que se podia ouvir o diálogo que mantinham.




A primeira disse:

- Eu sou a paz!

Apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me acesa. Acho que vou me apagar.



E, diminuindo seu fogo bem rápido, se apagou totalmente.



Disse a segunda:

- Eu me chamo fé!

Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não há nenhum sentido em permanecer acesa.



Ao terminar de falar, um vento passou, levemente, sobre ela e a apagou.



Rápida e triste a terceira vela se manifestou:

- Eu sou o amor!

Não tenho forças para continuar acesa. As pessoas me deixam de lado e não percebem o peso disto. Se esquecem até daqueles que estão tão perto e as amam.





E, sem esperar, se apagou.

De repente...



Entrou uma criança e viu as três velas apagadas.

- O que é isto? Vocês deviam queimar-se e estarem acesas até o fim.



E, dizendo isto, começou a chorar.



Então a quarta vela falou:

- Não tenhas medo, menino, enquanto eu tiver fogo podemos acender as outras velas, eu sou a esperança!



O menino com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava... E acendeu todas as outras.

Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós!

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