domingo, 12 de dezembro de 2010

O amor de Cristo nos impele

“O amor de Cristo nos impele” (2Cor 5,14). São Paulo fica impressionado com o amor gratuito que Cristo nos tem. É um amor tão grande que ultrapassa de longe nossa compreensão de amor. Como pode ser que Cristo nos ame mesmo sendo ainda pecadores? É mais uma vez Paulo, na carta aos Romanos, que se interroga sobre a possibilidade e estranheza de tal amor inexistente entre os seres humanos (Rm 5,7-8). Você consegue aceitar que Cristo ame você e muito mais do que você pode imaginar? Você tem contato com este amor apaixonado de Cristo por você?

Como você ama aquele que é seu inimigo? Já consegue fazer isto? Como é que você não ama seu inimigo se tem a missão de lhe oferecer a salvação?

Em Lucas 19,41ss lemos: E, como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela, dizendo: “Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz!” Seu amor pela cidade onde você está também chega às lágrimas? Quando foi que você chorou a cidade onde está? Você ama? Você tolera? Você despreza a cidade onde está? Você ama o Vicariato e sua caminhada?

Você tem coragem de amar apaixonadamente? O que significa amar apaixonadamente? Certamente não é não saber o que está fazendo. O que ama apaixonadamente a toda hora fica planejando como agradar o amor, como surpreender o amor. Se você não é capaz de amar apaixonadamente não é capaz para o ministério presbiteral, pois não é capaz de dar a vida por amor. Você deve transpirar amor para as pessoas todas de tua comunidade paroquial. E amar significa querer o melhor para as pessoas.

“A Igreja é em Cristo como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (Constituição Lumen Gentium n.1) E porque ela tem esta missão de ser sinal de união com Deus e de unidade do gênero humano “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e angústias dos discípulos de Cristo” (Constituição Gaudium et Spes n1).

Comunhão e participação é o binômio que marcou Puebla. Agora Aparecida vai nos convidar para um discipulado e uma missionariedade que leve mais a sério esta proposta do Concílio nas duas constituições.

O Direito Canônico procurou expressar esta realidade de Igreja marcada pelo amor de Cristo. Veja-se o folheto e se medite muito sobre os direitos e deveres de todos os fiéis.

Como posso levar as pessoas da rede de comunidades que é a paróquia onde sirvo ao Senhor a descobrir o amor apaixonado de Cristo por toda e qualquer pessoa independente de sua situação de pecado ou não.

Façamos agora uma série de perguntas: Alguém já louvou a Deus porque eu existo aqui? Decepciono Deus com a doação que Ele fez dando-me como presente DELE para os que estão à minha volta? Como considero todas as pessoas que estão perto de mim? Elas também são um presente de Deus para mim? Já agradeci a Deus porque estão perto de mim (colegas de trabalho, crianças da catequese, pessoas da comunidade, os chatos, os simpáticos ... )? E se não estivessem aí como presentinho carinhoso de Deus ? Deus nos fez Mateus (dom de Deus) para todos os outros. Esta é uma parte importante de minha identidade: Eu sou Dom de Deus para todos sem exceção de ninguém Eu sou mateus para a comunidade onde estou? Sou um dom de Deus? A comunidade paroquial também acha que eu sou dom de Deus para ela? Eu ainda me alegro pelo fato de Deus ter confiado em mim ? Que Deus eu represento para a comunidade? Eu atraio o povo(catequizandos, pais, familiares) para Deus pelo meu modo de ser - agir e pensar - falar?

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